Dashavatar

 

Dentro da nossa consciência, o dashavataar (as dez encarnações) está eternamente presente.

Quando a consciência despertou, o conhecimento surgiu, e o Matsya (peixe) encarnou; quando esse conhecimento se estabilizou, tornou-se calmo, então Kurma (tartaruga) encarnou; a mente estava limpa. Os velhos assuntos controvertidos, com os quais ficávamos aborrecidos, foram limpos, Varah (javali) encarnou. Quando o brilho se manifestou com mais intensidade e poder, então a sensibilidade apareceu e Narasimha (meio-homem, meio-leão) encarnou.

Vaman, que é muito bonito, extremamente bonito, destrói a arrogância. A beleza é assim, A atração é algo que destrói a arrogância. Não importa quanto há de arrogância, ela fica estilhaçada.

Se você quiser esmagar o ego de uma pessoa, faça apenas uma coisa ─ mostre-lhe uma coisa extremamente bela. Ao ver um objeto, uma situação ou um indivíduo extremamente belo, a arrogância fica estilhaçada. A encarnação de Vaman é a que destrói a arrogância.

Parashuram é o que aceita todas as coisas. Na encarnação de Ram há moralidade. Se a vida fosse destituída de moralidade, você seria um estorvo à sociedade e um tormento para você mesmo. No entanto, se você só permanecer adequado, não estará apto a celebrar. Se for incapaz de experimentar a natureza infinita de sua alma, você ficará depressivo.

No Krishnavatar, a celebração está presente em sua plenitude. Em qualquer situação, podemos celebrar ─ é essa a mensagem. E junto com a celebração, poderá haver silêncio, ficar contente em você mesmo, em silêncio. O contentamento ─ um vislumbre dele pode preencher, torná-lo quieto e levá-lo ao silêncio ─ fique contente com a celebração também.

Buda estava nesse silêncio, em paz ─ a encarnação de Buda contém muito significado. Quando as pessoas no vaduvansh em si esqueceram a paz, a bondade, o amor, então começaram os problemas. Havia tanto orgulho de que Deus é nosso, então: "o que precisamos realmente fazer? Apenas continuar celebrando!"

Quando há celebração, tenha uma coisa em mente, uma expansão da mente. Nessa mente expandida, a atenção/foco não está lá, a sensibilidade está perdida. Não há interesse por ninguém. Qualquer tipo de efeito que estiver tendo sobre alguém, nenhum pensamento é dirigido a isso. A pessoa só está absorvida em seu próprio humor. Com frequência, o indivíduo que está alegre está perdido em sua própria fantasia, perde toda a consciência.

Quando Buda veio, a consciência se propagou por toda parte. Isso é muito significativo. É importante que depois da celebração, deva haver silêncio. Mas após o silêncio, se a pessoa permanecer em silêncio, então tudo vai se dissolver. Ela escorregará para dentro do Tamas (inércia/ignorância).

É por isso que se diz que a encarnação de Kalki chegou montada a cavalo. O que significa ‘cavalo’? Ele é chamado ‘Ashva’. Em sânscrito, ‘Ashva’, só há uma palavra ‘Cavalo’, e em lugar de agora, ‘presente’. ‘Shva’ significa ontem, isto é, passado, ou amanhã, ou seja, ainda por vir ─ ‘ashva’ significa o que não é ontem nem amanhã; o que é agora, neste momento.

Dentro de você, essa consciência vai despertar ─ essa consciência Kalki ─ que diz respeito ao presente, e tem-se a sensação de pertencer ao mundo todo; este mundo todo é nosso. Se você acreditar nisso, será a vitória da encarnação de Kalki. Ninguém é um estranho!

Esse é um pequeno vislumbre do dashaavataar (as dez encarnações).