Há dois tipos de compaixão. Uma é a compaixão dos sábios; outra é a dos ignorantes.
A compaixão de uma pessoa ignorante é em relação ao fruto da ação – para aliviar a doença ou o sofrimento que ela testemunha. Mas a compaixão de uma pessoa sábia é em relação à falta de conhecimento – para remediar a causa subjacente à doença ou ao sofrimento.
A compaixão pelo sofrimento demonstra ignorância. O sofrimento surge devido ao Karma, e se você acredita no Karma, onde está a compaixão? Você colhe o fruto de suas ações.
Se um juiz tivesse compaixão pelos infratores, as prisões estariam vazias. Mas os juízes são cruéis com os infratores? Não. A compaixão de um juiz é pela falta de conhecimento que ele vê e não pelo sofrimento dos criminosos. Esse é o Karma dos criminosos.
Frequentemente as pessoas pensam que a compaixão é um ato, uma ação. Saiba que a compaixão é sua própria natureza. Então você verá que o Karma e a compaixão não são contraditórios, mas sim complementares.
Suponha que duas pessoas cheguem num hospital. Uma está desnutrida, e a outra está sofrendo por ter comido demais. Que tipo de compaixão o médico deverá ter quanto a essas duas pessoas? Isto é um enigma para você resolver!