As pessoas inteligentes não se perdem no prazer que provem do contato, dos Gunas e seus objetos. Eles não são levados pelo prazer dos sentidos e de seus objetos. Eles sabem que esse prazer é momentâneo, que ele tem um começo e um fim.
Sabendo disso, eles permanecem em seu interior (no seu “Eu”), que é a verdadeira fonte da alegria. A menos que você consiga esta maturidade, você não poderá mover-se para o centro. É preciso um certo grau de maturidade do mundo. Uma quantidade de saturação mundana, uma certa quantia de sofrimento por situações que ocorrem na vida, levando o indivíduo para conhecer o seu interior, ou seja, empurrando-o para o centro. Se você é ambicioso demais o tempo todo, pensando exaustivamente sobre isso e aquilo, a mente está pairando ao redor do mundo, e nunca podem chegar ao centro.
Por isso, uma pessoa que está saturada pode entrar em meditação profunda, ou uma pessoa que tenha sofrido nesta vida poderá, também, entrar em meditação. Eles sabem o que é dor e pode deixar ir esses sofrimentos ou eles sabem o que é dor e permanecem nesse nível mental.
No tempo de Buda, 10 mil pessoas poderiam sentar e meditar e 10 mil pessoas se iluminaram, porque essas pessoas estavam saturadas de prazeres sensoriais e elas sabiam que isso não as estava levando a lugar algum.
As pessoas tendem a achar que a alegria está em algo que, no momento, não lhe está disponível. Um homem rico sabe que as riquezas não lhe dão alegria e paz, mas um homem pobre acha que a partir do momento que ele possuir riquezas ele ganhará alegria e paz. E assim ele embarca nessa viagem. Alguém que é famoso sabe que apenas ser famoso não lhe dá nada, porém alguém que quer ser famoso, embarca nessa viagem.