Nada Nesta Criação é
Desprovido de Dor

(Continuação do texto anterior “Como eliminar a causa da dor”)

Muitas vezes os participantes do curso não meditam. Eles abrem os olhos e ficam tentando descobrir coisas como: “A minha namorada está meditando? Como está sendo? Será que ela está gostando do curso? Fui eu que a forcei a vir. Será que a experiência dela está sendo boa?” Às vezes nós somos obrigados a dizer “Feche os olhos e medite profundamente. Não se preocupe com a sua namorada, nós cuidaremos dela.”

Se fosse possível, as pessoas de fato fariam isso. Engoliriam seus namorados ou namoradas para protegê-los! “Você está guardado no meu coração.” Elas literalmente guardariam os parceiros no coração, na barriga, para que eles não pudessem fazer nada, não pudessem olhar para nada ou ir a lugar algum sem permissão.

O amor também causa dor, muita dor. A separação é extremamente dolorosa. Um desejo é uma dor enorme que está presente em nossa mente. Tentar agradar é doloroso. Sofremos quando conseguimos e quando não conseguimos agradar. Ficamos querendo conhecer cada vez mais a mente da outra pessoa. Como isso seria possível, se você não conhece nem a própria mente? Você ainda quer conhecer a mente de outra pessoa?! É impossível conhecer a mente dos outros só pelas suas palavras ou movimentos dos lábios e da língua.

Dizem que a língua não tem ossos. Ela não tem estabilidade: diz uma coisa hoje, mas amanhã dirá outra. Você pode confiar em qualquer coisa neste mundo, mas não confie em sua língua! Tentar conhecer alguém, conhecer o que está ali e se adaptar a isso são processos doloridos. Às vezes é prazeroso e nos sentimos maravilhosos, mas de repente tudo acaba. Dói mesmo.

Também precisamos nos esforçar com as práticas espirituais. Dói, mas se não as fizermos, não fizermos o Sudarshan Kriya, as coisas ficam ainda piores. Nós pensamos “Eu não meditei. Isso é péssimo." Depois de meditar, nós pensamos "Está acabando. Não fiz tudo o que podia; não está acontecendo nada." Sempre temos que reclamar.

 “Sarvam Eva dukha mayam.” Se você realmente analisar a criação da perspectiva da sabedoria, não há absolutamente nada nesta criação que esteja livre de dor. A dor faz parte de tudo que há no mundo, ela vem acompanhada de tudo que existe. É como uma promoção: compre qualquer coisa e a dor virá em dobro. O que fazer então? Quando você percebe que tudo é dor, como seguir adiante? O que fazer? Você precisa fazer alguma coisa para combater essa dor, mas como?

No sutra seguinte, Patanjali diz:

“Heyam dukhamanagatam” (II Sutra 16)

heyam = evitável; dukham = dor; anagatam = que ainda não sentimos

 “A dor que ainda não sentimos pode ser evitada.”

[229486:A causa raiz da dor] precisa ser eliminada. Precisamos eliminar a causa raiz da dor. A dor que ainda não sentimos, aquela tristeza que ainda não brotou, precisam ser eliminadas bem no começo. Como fazer isso?

 

(Continua...)

 

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(Esta nota faz parte da série de conhecimento baseada nos comentários de Sri Sri Ravi Shankar sobre os Patanjali Yoga Sutras.)

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(Continuação do texto anterior “Como eliminar a causa da dor”)

Muitas vezes os participantes do curso não meditam. Eles abrem os olhos e ficam tentando descobrir coisa como: “A minha namorada está meditando? Como está sendo? Será que ela está gostando do curso? Fui eu que a forcei a vir. Será que a experiência dela está sendo boa?” Às vezes nós somos obrigados a dizer “Feche os olhos e medite profundamente. Não se preocupe com a sua namorada, nós cuidaremos dela.”

Se fosse possível, as pessoas de fato fariam isso. Engoliriam seus namorados ou namoradas para protegê-los! “Você está guardado no meu coração.” Elas literalmente guardariam os parceiros no coração, na barriga, para que eles não pudessem fazer nada, não pudessem olhar para nada ou ir a lugar algum sem permissão.

O amor também causa dor, muita dor. A separação é extremamente dolorosa. Um desejo é uma dor enorme que está presente em nossa mente. Tentar agradar é doloroso. Sofremos quando conseguimos e quando não conseguimos agradar. Ficamos querendo conhecer cada vez mais a mente da outra pessoa. Como isso seria possível, se você não conhece nem a própria mente? Você ainda quer conhecer a mente de outra pessoa?! É impossível conhecer a mente dos outros só pelas suas palavras ou movimentos dos lábios e da língua.

Dizem que a língua não tem ossos. Ela não tem estabilidade: diz uma coisa hoje, mas amanhã dirá outra. Você pode confiar em qualquer coisa neste mundo, mas não confie em sua língua! Tentar conhecer alguém, conhecer o que está ali e se adaptar a isso são processos doloridos. Às vezes é prazeroso e nos sentimos maravilhosos, mas de repente tudo acaba. Dói mesmo.

Também precisamos nos esforçar com as práticas espirituais. Dói, mas se não as fizermos, não fizermos o Sudarshan Kriya, as coisas ficam ainda piores. Nós pensamos “Eu não meditei. Isso é péssimo." Depois de meditar, nós pensamos "Está acabando. Não fiz tudo o que podia; não está acontecendo nada." Sempre temos que reclamar.

 “Sarvam Eva dukha mayam.” Se você realmente analisar a criação da perspectiva da sabedoria, não há absolutamente nada nesta criação que esteja livre de dor. A dor faz parte de tudo que há no mundo, ela vem acompanhada de tudo que existe. É como uma promoção: compre qualquer coisa e a dor virá em dobro. O que fazer então? Quando você percebe que tudo é dor, como seguir adiante? O que fazer? Você precisa fazer alguma coisa para combater essa dor, mas como?

No sutra seguinte, Patanjali diz:

“Heyam dukhamanagatam” (II Sutra 16)

heyam = evitável; dukham = dor; anagatam = que ainda não sentimos

 “A dor que ainda não sentimos pode ser evitada.”

A causa raiz da dor precisa ser eliminada. Precisamos eliminar a causa, a raiz da dor. A dor que ainda não sentimos, aquela tristeza que ainda não brotou, precisam ser eliminadas bem no começo. Como fazer isso?

 

(Continua...)

 

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(Esta nota faz parte da série de conhecimento baseada nos comentários de Gurudev Sri Sri Ravi Shankar sobre os Patanjali Yoga Sutras.)

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