Sati mule tadvipako Jaty ayur bhogaha" (II Sutra 13)
sati = se existente; mule = raiz; tad = a; vipako = amadurecimento; jati = o corpo em que você nasceu; ayuhu = tempo de vida; bhogaha = experiência
"Se as raízes do karma existem, elas amadurecem e resultam no corpo em que você nasce e os frutos do karma são experiências ao longo da vida."
Patanjali explica mais sobre a gênese, como ganhamos nosso nascimento. Jati significa em que corpo voce está chegando, onde você nasceu. Você nasce como uma galinha, um macaco, humano masculino ou feminino. Seu nascimento é determinado. A duração de sua vida é determinada. O que você vai ter em sua vida, seu prazer, as misérias, também são determinados. Por que alguém nasce na Etiópia e alguém nasce na Suíça? Existe alguma explicação?
Patanjali tem. Ele dá uma visão sobre isso. Esta é a pergunta de costume: "Por que fulano de tal nasce lá e fulano de tal nasce em outro lugar? Por que fulano de tal é infeliz? Por que fulano de tal tem tanto sofrimento?” Esta é uma grande questão. Nenhuma lógica pode lhe dar qualquer entendimento ou explicação.
Ele diz, por causa de seus karmas passados. Jatyayur bhogo. Vem até você em diferentes formas. Quando uma pessoa, morre com todas as memórias de apenas galinha, galinha, galinha, em sua consciência, a impressão mais forte naquele momento é a de galinha. Então, ela entra na granja. A impressão de sua mente a coloca nisso.
Qualquer que seja a impressão mais forte na mente, ela persiste. É simples, muito simples. Tente isso a noite. A noite, logo antes de ir para a cama, tenha um pensamento. Pense muito fortemente sobre algo. Assim que você se levantar de manhã, este será o seu primeiro pensamento. O mesmo pensamento também vai aparecer no sonho. Se você praticar isso digamos por dois meses, três meses, quatro meses, seis meses, você vai assumir essas qualidades em você.
Assim que você acordar, diga, "Eu deveria balançar minha cabeça como um cão", e apenas faça isso. Em seis meses, você vai ver que vai ficar fora de seu controle. Torna-se quase impossível para você não fazê-lo. Ganha tal padrão dentro de você, porque esse karma, essa impressão se tornou tão forte.
Você diz: "Eu deveria chutar minha perna como um cão", ou por a língua para fora como um cão, e em seis meses, torna-se como um padrão em você. Ou, se você continua olhando um cachorro, ele vai entrar em sua mente o tempo todo, de novo e de novo, mais e mais, e quando você morre, sua mente, sua consciência é sugada para dentro deste tipo de corpo. Os últimos dias de sua vida são muito mais importantes do que a sua vida inteira.
Para enfatizar isso, na Índia, há muitas histórias. Um velho está em seu leito de morte e está tão apegado a seus filhos. Na Índia, eles até dão o nome a seus filhos após o nome de Deus. Há uma história sobre o rei Ajamila. Você já ouviu falar dessa? Ajamila era um rei. Ele era ateu até sua morte. Se fosse possível, ele teria sido um ateu mesmo depois de sua morte, mas isso não era possível! No último momento, quando estava para morrer, ele gritou "Narayana Narayana". O nome do seu filho também era Narayana, ao mesmo tempo ele estava chamando o nome do Senhor, Narayana, Narayana. Parece que Deus pensou que ele estava sendo chamado e assim o Senhor Narayana veio e o liberou. Esta é uma história. Ajamila chamou o nome apenas por engano. Ele tomou o nome de Deus. Assim, ele se liberou. É uma forma extrema de dizer que a última impressão carrega muito peso, apesar de tudo o que se faz em toda a sua vida.
Há uma história semelhante sobre um santo, um rishi muito iluminado que estava na margem de um rio em meditação. Ele viu um jovem cervo, um cervo filhote na inundação. Então, ele pulou na água e, como qualquer um teria feito, ele salvou o cervo e o curou. O cervo havia machucado sua perna. Ele cuidou do cervo. Ele ficou tão ligado a ele que quando ele morreu, ele se tornou um cervo no próximo nascimento! Este é o único caso em que uma pessoa iluminada tornou-se um animal.
Diz-se que é quase impossível para um homem liberado voltar em um corpo animal. Esta é uma das impossibilidades. Este exemplo Jadabharat é citado só para dizer-lhe que a última impressão é a mais importante. O sábio tornou-se um cervo.
A mesma coisa quando as crianças vão para a cama a noite depois de assistir um filme de terror, elas tem pesadelos. Elas choram, gritam e fazem todo tipo de coisas, não é? Como você se livra disso?
"Te hlada paritapa phalaha punya apunya hetutvat" (II Sutra 14)
te = eles; hlada = prazer; paritapa = dor; phalaha = frutos; punya = virtude; apunya = vícios; hetu = razão
"Eles dão-lhe prazer e dor, como os frutos de virtudes e vícios."
Essas impressões, quando são boas, lhe trazer mais alegria, mais felicidade e se essas impressões não são boas, dão-lhe sofrimento. Depende do mérito ou demérito do que você fez. Se você tiver feito um bom karma, ele se acumula e lhe traz alegria.
Se alguém está feliz, isso é porque eles fizeram alguns bons karmas no passado. Se eles estão infelizes, então eles devem ter feito karmas miseráveis no passado. Então, aqui ele conecta toda a felicidade e miséria a algum ato do passado, a seu banco de karma.
Assim, a meditação é a saída para tudo isso. Você está apenas lavando tudo. Então não há nada. Você se torna tão oco e vazio e você canta e dança e faz todas essas coisas. Para afinar tudo o que é colocado sobre o ser. Isto é muito precioso.
Às vezes, quando você está sentado, você se aborrece. Não importa. Você está só queimando algumas sementes velhas de tédio. Se você é avesso ao tédio, o tédio nunca te deixará. Se você está entediado estando consigo mesmo, então quão chato você é para outra pessoa? Assim, mesmo que seja chato, não importa. Saiba que isso é tapas, este é o seu karma. Tédio diminui. Apenas tome isso como "De boa vontade eu vou fazer isso. Eu vou fazer isso. Deixe-me ver. Como pode algo me deter?” Tome um desafio. Você muitas vezes enfrenta desafios. Agora, tome um desafio e diga: "Deixe-me ver isso.” Este é o caminho para acabar com o tédio. Estimule o desafio em voce que "Eu vou fazer isso. Sim. Desafio!” Tudo isso pode ajudá-lo.
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(Esta nota de conhecimento faz parte da série de comentários de Sri Sri Ravi Shankar sobre os Patanjali Yoga Sutras.)
